Foto: https://www.ufmg.br/polojequitinhonha 

TRABION

( Minas Gerais – Brasil )

TRABION, o Eronilto Mendes Soares, é poeta, contador de causos e filho do Vale do Jequitinhonha. Natural de Jacinto, nasceu na roça e, com 12 anos, foi morar em Rubim.

Começou seu caminho como escritor em 2004 com seu primeiro livro: "Contos que eu conto".

Depois vieram: "Mágoas de um Lavrador" (2008), "Meu Caminhar" (2011) e o cordel "Espelho de Bolso" (2013)

Seu 4° trabalho, "Aventuras e amarguras culturais", foi lançado em 2019 e recopila poemas e causos da cultura popular do Jequitinhonha.

PÁGINAS DA VIDA:Poesia musicada TRABION e SILVANO COSTA (CANTOS, CONTOS E ENCANTOS DO JEQUITINHONHA):

https://kzhome.info/crone/snttrWSoZ3jXjpE/p-ginas-da-vida-poesia-musicada-trabion-e-silvano-costa-cantos-contos-e-encantos-do-jequitinhonha  

INSPIRAÇÃO 

Cavalgando o cosmo lunar
No descaso do avesso
Sem rumo
Nem direção
Como estrela cadente.
No peito
A certeza de um amável chegar
Sinto-me flutuando
Na atmosfera 
Quero saciar-me
No fugaz olhar
Dos astros entrantes
Concentração,
Dilatação de pupilas,
Busca direção oposta
Daqueles que trilham por
Caminhos normais.
Meu sentimento é vago,
Vezes voo
Na velocidade do raio,
Noutras no tardio pulsar
Das minhas veias.
Cintilo e apago,
Tentando dominar
As atrocidades
Do meu
Ser anormal!!! 

DEPRÊ 

Madrugada em claro.
Vagueio em pensamentos
Atrozes do meu ser.
A vida virando ao avesso
Vejo no semblante das pessoas.
O medo, a incerteza...
Alguns otimistas dizem:
— Isso vai passar!
— Isso vai passar!
Deus velando por nós.
Lições de vida?
Ou simplesmente uma fase?
Estamos evitando o contato...
Isolamento social é o lema.
Nós que clamamos por liberdade
Agora pedimos reclusão.
Contradições, depressão,
Vidas ceifadas.
Ninguém aponta uma saída...
Até quando?
Esperamos uma resposta ou solução
Um novo sol vai brilhar...

Foto: www.google.com

STARLING, Rodrigo, org.   Cem Poemas: Cem Mil Sonhos. – Homenagem aos 50 anos da               Passeata dos Cem Mil:  maior manifestação popular contra a Ditadura Militar no P aís. Belo Horizonte: Starling, 2018.    176 p.  No. 09 814
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda

                
MEU CORPO

      Em minha maluquice
Devaneios se esvaem
Deixando relances salpicados
No muro da imensidão
Retumbam sonoros tilintares
Que ecoam nos meus tímpanos
Desafiando a lei do silêncio
Nessa arredia desordem competicional
Dos meus órgãos poluídos
Vive repousando no fundo do meu ego
O mais tranquilo dos meus genomas
Para conhecê-lo
Preciso aprofundar-me no leito
Das minhas vertentes veias alteradas
Percorrendo todo corpo
Apreciando a matéria
Sem perder o foco
Viajando em correntes loucas
Que me levam ao encontro
Do meu existir


VALE DO JEQUITINHONHA

Porta de entrada
Para as minas gerais
Vale que vale mais
Vale de valores culturais
Aqui tem reisados e rezadores
Artesãos e pescadores...
Tem o rio Jequitinhonha
Tem violas e tambores
Onde um povo vive e sonha
De um dia ser ouvido
Meu grande Jequi!!!
O que fizeram com você
Barraram suas águas
Tombo da fumaça já se foi
Nem cheguei a conhecer
Terra de tradição
De Maria e João
Tem planícies e madeiras
Tem histórias de lavadeiras
De canoas e tropeiros
Tem pecuária e tem grafite.
Porém falta chegar para nós
Desde o tempo de nossos avós
Uma estrada para passar
Era sonho de JK
Começou em Diamantina
Para levar Minas ao Mar.

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Página publicada e ampliada em maio de 2025.

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http://www.antoniomiranda.com.br/poesia_brasis/minas_gerais/minas_gerais.html

Página publicada em dezembro de 2021

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Página publicada em dezembro de 2021